Simplesmente Maria

Os Contos de Maria || quinta-feira, março 15, 2007

Depois da BlogoNovela mais fixe da net Produções Strüderovski apresentam:
Os Contos de Maria

Teresa tinha nascido numa família tradicional portuguesa cheia de regras que condicionavam sua vida desde que nasceu.
Cresceu no meio dos montes verdes da serra e o único mundo que conseguia vislumbrar eram os montes majestosos lá ao longe.
Desde cedo Teresa escondia uma grande tristeza por não conhecer o que estava por trás daquelas muralhas.
No seu íntimo sonhava com um mundo criado em sua cabeça e desejava-o tanto como a própria vida, então cresceu.
Essa menina inocente de olhos meigos, claros como a água, fugiu para a ilusão e abandonou o lugar que a vira nascer.
Cheia de sonhos idealizados rumou para a cidade em busca da satisfação que procurava em seu peito sem nunca saber o quanto amargo seria.
A cidade, como era bonita a seus olhos, as luzes que surgiam de noite, os carros que nunca vira, as pessoas tantas e apressadas, o cenário perfeito no seu mundo utópico.
Passeava-se pela noite da cidade pela primeira vez até que o seu sorriso maravilhado congelou.
Por seus olhos passavam imagens nunca antes vistas, pessoas dormindo no chão, mulheres entregando seu corpo a troco de dinheiro, frases movidas a ódio modelado pela solidão e desespero, então que parou e sentiu a dor no peito. Seu mundo perfeito nunca existira.
Teresa chorou envergonhada por si mesma, por desacreditar no mundo que a tinha abraçado desde que nasceu para se amantizar com um mundo de dor.
Sua vida na cidade não fora fácil sua inexperiência deixou-a no desemprego, vil mundo a levou a prostituir a sua alma através do corpo.
Entregava o prazer a estranhos em troca de pão, então a menina de olhos inocentes passou a ter um semblante pesado de mulher amargurada de vida dura.
Até ao dia que conheceu Manuel um homem sedutor que a fez de si sua mulher no primeiro olhar trocado.
Manuel era intermediário em negócios amorosos (xulo, proxeneta, ...) um sedutor nato mas no fundo um ser frágil que nunca tinha sentido o verdadeiro amor e Teresa para ele era a primeira mulher que o fazia tremer.
Trocavam juras de amor todas as noites depois de Teresa receber os clientes e amavam-se verdadeiramente.
Mas um dia Manuel foi tocado em seu coração por outra mulher que o cativou e expulsou Teresa de seu peito num ápice.
Manuel enamorado pela sua nova concubina amava-a em seu leito quando Teresa de rompante os apanhou.
O coração de Teresa a traiu e chorou sangue com o que via.
Teresa cai no chão em pranto sem proferir uma única palavra. Manuel levanta-se e passa por ela como se de um mero objecto se tratasse e sai com sua nova paixão.
Teresa abre a janela e olha para o céu enquanto em seu rosto escorria o amor que sentia por Manuel, lágrimas que a matavam aos poucos.
Levantou-se abriu os braços para o céu e atirou-se do 3º andar. Lá em baixo seu corpo espalhado pela avenida recordava ao mundo o que é o amor, o que são os sonhos, o que significa a vida.
Manuel sai olha para o corpo extinto no chão fecha os olhos e sorri. Afinal de contas tinha sido mais um amor errado.

By Imperatriz Strüder aka Strüsaramago (lol)

--Maria Simplesmente Maria-- 00:33

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30 Comentários

By Peste, at 15 março, 2007 10:24

Credo mulher q mórbida :S

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By toma lá Fresquinho, at 15 março, 2007 10:28

imaginação fértil!!

consegues transformar uma história das páginas centrais do jornal "O Crime" numa história de amor, quase comovente !!

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By Capitão Merda, at 15 março, 2007 10:34

Hum...
Creio que foste a Aveiro, à loja dos cogumelos...

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By Maria Strüder, at 15 março, 2007 11:55

Por acaso não vivo sem os cogumelos, se pudesse adicionava-os a todas as comidas (sim eu percebi o que querias dizer)

Até nem achei o post muito mórbido, os que pretendo fazer mais tarde serão mais muahahahahah :p

O amor é assim meus queridos, tão perfeito mas na verdade tão mau tudo isto porque somos melindrados pelo sonho.
Mas não ando amargurada com o amor pelo contrário.
Estou feliz, feliz, feliz...
:p

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By Feijoeiro, at 15 março, 2007 13:38

Ai o amor,o amor...
Uma ciência estranha.De resto,nem ciência é...Antes química.
Talvez,talvez.

em bom nível este post.

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By Rui Silva, at 15 março, 2007 14:14

Bela Imperatriz, está lindo este conto. Com ou sem cogumelos, tens os meus aplausos.
Continua a brindar-nos com a tua escrita. Desde que não comeces com poemas merdosos a dizer que bonito que é o amor e o por do sol e a lua e os cãezinhos a miar na rua... esses poetas de meia tigela que andam por aí já enjoam!

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By Capitão Merda, at 15 março, 2007 14:18

Sai um garrafão de tintol aqui para o comentador anterior, pago eu.

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By Sara, at 15 março, 2007 14:30

Mas tu queres ser a próxima Margarida Rebelo Pinto ou quê??

P.S.: Eu não tenho o technorati ligado, mas utilizo-o para procurar, por exemplo, ligações ao meu âmago, salvo seja, blogosfera fora... ;)

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By makoka, at 15 março, 2007 14:56

Strüsaramago não deve ser comparada à daisy pinto...é demasiado violento!

"O amor é fodido. Hei-de acreditar sempre nisto. Onde quer que haja amor, ele acabará, mais tarde ou mais cedo, por ser fodido. [...]" (Miguel Esteves Cardoso)

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By Bernardo Banana, at 15 março, 2007 15:36

Eu quero saber é quem é que teve de limpar a porcaria que ficou toda espalhada pelo chão? Ah pois, não é só atirar-se do 3º andar. Então e depois?

Isto é uma falta de respeito por quem trabalha...

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By Maria, at 15 março, 2007 15:59

Vende a história para a TVI [mas com um final diferente - a Teresa afinal não morreu, tá em coma, dois anos depois acorda, faz fisioterapia, conhece um paraplégico rico que a ajuda a vingar-se do chulo, blá blá...]

:))))))

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By Capitão Merda, at 15 março, 2007 16:11

Eh, eh, eh...
Aproveita esta última e óptima sugestão, Maria.

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By Maria Strüder, at 15 março, 2007 16:18

Prefiro que me digam que sou uma valente merda a ser comparada à Margarida Rebelo Pinto, detesto essa tipa aliás nem a considero escritora é uma tipa que escreve cagadas básicas.
(talvez por isso tenha sido comparada... mas prefiro mesmo ser uma "cócó de macaco com peste e piolhos" do que ser comparada a ela)

A ideia da Tvi é muito atractiva e olha que tenho vômito mental suficiente para criar uma daquelas novelazitas de chachada.

(chachada que palavra magnífica... fico contente por de vez enquando me lembrar de palavras bonitas assim, já a vou juntar ao Trudilu)

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By Maria, at 15 março, 2007 16:44

Homónima, as novelas da TVI são fruto de diarreia mental... o teu vómito mental não seria apropriado.

:P

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By Unknown, at 15 março, 2007 17:02

Ui...

Parece A SIBILA (que nunca li...)

Maria AGUSTINA Bessa Struder (ainda não sei onde é o trema)

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By Piston, at 15 março, 2007 17:09

Sádica? Isto não é nada meus amigos. É um conto para crianças.

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By Maria Strüder, at 15 março, 2007 17:10

Para o chamado Umlaut deverás carregar em:
ctrl+alt+botão onde tem o Umlaut aka trema que costuma estar na tecla do +* e tem lá os pontinhos, depois é só escolher a letra.
Para assim finalmente alguém acertar no nome da Imperatriz Strüderini.

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By 9-9, at 15 março, 2007 18:17

Cogumelos, cogumelos, eu adoro cogumelos.

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By Anónimo, at 15 março, 2007 18:56

nao li..

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By Anónimo, at 15 março, 2007 19:06

- se morares num monte e olhares para o outro monte ves um vale entre

- Sonhava com a cidade ou com o que havia para lá dos montes?

- A cidade estava para lá dos montes?

- Como tu sonhas com algo que nunca viste? tinha internet? televisão?

- Xulo esse ser cheio de sentimentos que também se apaixona, e sim eu se fosse uma prostituta amarguara ia-m apaixonar por um xulo

- O saramago não usa pontuação

- Com que idade foi para a cidade, para ter premissão para passear á noite.

trabalhou? estudou? desemprego sem emprego?

-

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By Anónimo, at 15 março, 2007 19:28

Granda novela que isso dava. Um abraço.

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By o monstro, at 15 março, 2007 20:25

Isto não é criativo nem morbido é o mundo em que vivemos

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By Casemiro dos Plásticos, at 15 março, 2007 22:15

sua grande maluca lol
bj

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By Klatuu o embuçado, at 15 março, 2007 23:36

«Entregava o prazer a estranhos em troca de pão»?? Não seria Visa?

Dark kiss.