Simplesmente Maria

Questionar-me sobre mim torna-se banal || terça-feira, maio 16, 2006

Quem é a Maria!! Pergunto eu muitas vezes.
Chego a conclusão que nunca me irei entender, sofro lutas pessoais quando tento pensar na minha forma de agir perante o mundo, porque na verdade não sou o que sou, confuso para quem ler mas muito claro na minha mente. Vou fazer uma tentativa provavelmente falhada de vos explicar o sentido da frase: ("...na verdade não sou o que sou...") não sou de verdade uma cumpridora das minhas idealizações de vida como pessoa, aquilo que defendo e acredito sou eu fazem parte de mim, mas não o sou porque não o pratico.
Pensar na vida ultimamente para mim é uma constante, penso na finalidade de viver e assusta-me saber que daqui a poucos anos (com sorte) irei morrer, não acham horrível saber que nascemos, crescemos, passamos a vida a trabalhar para no fim a recompensa ser a morte!!! afinal porque estamos cá?? para sermos estes zombies palhaços! que alegria posso ter eu ao pensar que depois de terminar o curso vou começar a trabalhar, e a rotina normal da vida irá começar(casa,emprego,casa,filhos,marido,dormir,todos os dias a mesma coisa)e depois desta rotina toda irei ter o quê?! morte!!! thanks a lot mother for bringing me to this fucking world =) pareco uma tresloucada, ingrata, mas é o que sinto e penso afinal porque ando cá eu??!!
Sei quem fui e tenho saudades, não sei quem sou muito menos quem serei apenas sei que o meu problema (como de muita gente) é ficar a olhar para o passado, não vivendo o presente. Sou uma menina/mulher com medo de deixar de ser menina e passar a ser a mulher.(ponto final)

--Maria Simplesmente Maria-- 23:43

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2 Comentários

By cj, at 07 julho, 2006 09:22

aprecia a viagem.
cria interesses, sejam no desporto, na literatura, cinema, etc.
quando menos se espera, as coisas mudam.
ainda assim há coisas boas.
na tua idade esse é um sentimento natural.
acredita.

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By El-Gee, at 28 janeiro, 2007 20:59

Acho que tudo se torna mais dificil com o fim do curso, na procura de emprego, em que tens mesmo de pensar: "qq eu quero fazer da minha vida!?"

Essa angústia que revelas também a sinto muitas vezes. Parece que todos os pequenos prazeres ou actos são insignificantes, tendo em conta que no fim, tudo será apenas passado.

A única maneira que encontrei para combater isso é encarar a vida como uma aprendizagem, e tentar extrair de cada dia algo de novo, uma nova musica, uma nova pessoa, um novo livro, um pintor que descubro, uma bebida que provo, um amor fortuito que vivo.

A morte é inevitável, por isso há que olhá-la nos olhos, quando chegar a altura, e dizer: fiz tudo o que podia para, decidindo sempre pela minha cabeça e de consciência tranquila, aproveitar este pedaço de tempo na Terra.

O "como" é outra questão e ainda so a respondi parcialmente (a tal aprendizagem de que falo acima).

Como vês, nao dei resposta nenhuma neste mail, porque eu próprio sou feito de perguntas.

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