Não consigo arrancar de mim as imagens que se passeiam como corpos vagos da minha mente. Por diversas vezes tentei descrever aquelas sensações que sentimos quando estamos sós e nos olhamos por dentro, é difícil extrair aquilo que por vezes não conseguimos ver. É no meu quarto que simulo todas as autopsias cerebrais. Tenho em mim pedaços de memórias, memórias semelhantes a corpos compactos, semelhantes a rodopios que do peito se tornam noites, noites que foram reais. É o coração ferido que sangra, talvez sejam só fantasias minhas, ou maneira de rotular as saudades que inevitavelmente ainda corrompem um fragmento gasto pelo tempo e uso. O silêncio que se ouve durante estes momentos em que o nada me acompanha é inquietante para alguém em desacordo com a alma. Olhar em volta, pousar a cabeça e nada mais ver do que vultos da apatia. Mais uma tentativa falhada de descrever aqueles momentos em que nos tentamos observar por dentro como se de partículas o peito fosse cheio. Alguém consegue descrever o silêncio? Vendo uma caixa de utopia em troca de sanidade.
vim so deixar um beijinho cheio de saudade. e dizer-te que a semana passado fui ver o espectaculo de Mão Morta - "Maldoror" - e foi simplesmente arrasador. se puderes vai ver também.
Esquecida,
em cada dia que passa,
nunca mais revi a graça
dos teus olhos
que amei.
Má sorte, foi amor que não retive,
e se calhar distraí-me...
- Qualquer coisa que encontrei.
Pearl Jam-Black
All the love gone bad
Turned my world to black
Tattooed all I see, all that I am, all I'll be...yeah...
Uh huh...uh huh...ooh...
I know someday you'll have a beautiful life, I know you'll be a star,
In somebody else's sky, but why
Why, why can't it be, oh can't it be mine...
We belong
We belong
We belong
We belong together
Together...