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--Maria Simplesmente Maria--
21:32
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Era uma vez uma música || domingo, julho 29, 2007
E foram felizes para sempre.
--Maria Simplesmente Maria--
06:24
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Negritudes || terça-feira, julho 24, 2007
Hoje encontrei a morte. Passou por mim na rua onde moram os vultos. Olhou-me e cumprimentou-me. Suas mãos brancas tocaram-me e levaram-me até sua casa. Aquele toque gelado estremeceu o meu corpo sucumbido ao seu sedutor encanto. Entrei na sala e respirei o seu cheiro sufocante. A morte tem cheiro e corpo. Pude vê-la ali, estendida à minha frente, quase que lhe podia tocar. Perto de mim estavam os vultos que bailavam em redor da morte. Mãos juntas, pranto, cabeças nos joelhos, pranto, olhos inchados e pranto. Tudo aquilo era um festim. Choro. Lágrimas que me caem porque percebo que sou mais um vulto naquela sala porque não soube apreciar a morte quando era vida. Saudades. Toda a gente as tem mas só na morte, a vida despreza saudades. O peito dói e volta a doer quando a vislumbro, tão serena que quase apetece senti-la. Aos poucos a sala escurecida começa a rodar e rodar, vejo pessoas a rir e a apontar o dedo à morte, gargalhadas e mais gargalhadas e a sala continua a girar à minha volta, até que pára. Respiro fundo e abro os olhos, afinal tudo estava no seu lugar. As mulheres de negro que choram quem perderam, no chão restos mortais das flores compradas no mercado de manhã e ali sorrindo para mim, a morte. Veio como um ladrão, sem aviso prévio disse olá, puxou-nos para ela e abraçou-nos com a dor. Em ombros, a morte foi caminhando para o seu destino final e atrás dela os vultos caminhavam em marcha de homenagem. Quem naquela rua passasse podia escutar os murmúrios que vinham dos esqueletos que dançavam na calçada. A procissão dos vultos naquela rua de tristes cores era imensa, nenhuma sombra se destacava apenas vultos. Eis chegado o momento da sua glória. Em volta da morte, os vultos balbuciam os seus últimos múrmurios e fecham a morte na caixinha castanha selada para sempre. E naquela rua vejo os vultos a desaparecer no horizonte enquanto digo adeus à morte pela última vez. Imagem : Edvard Munch - By the Deathbed, 1895 Música: Team Sleep - Natalie Portman
--Maria Simplesmente Maria--
03:54
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Fragmentações em Pó || quarta-feira, julho 18, 2007
Naquela rua triste de cores, ouço-os. São vultos que seguem, que não páram. São os vultos que em passo lento e olhar pesado se passeiam nas ruas de chão inconstante de pedras soltas. Não sentem as picadelas de vida, limitam-se a seguir caminho com o mesmo olhar esgotado de vida. Homens, mulheres e crianças perdidos pelo escuro das suas entranhas. Quase que posso sentir o cheiro amargo do oco que sai pelos poros da sua pele, o oco de vazio. São vultos que seguem, que não páram. Todos juntos pelo mesmo propósito. A cada passo seus pés de morte transformam as cores vida da calçada em sombrios tons escuros. São vultos que seguem, que não páram. A noite mora naquela rua cheia de silêncio e esqueletos que dançam ao sabor do vento. Mas entre vultos há sempre uma sombra que se destaca, que segue diferentes rumos, basta apenas olhar para horizontes diferentes e deixar de lado os múrmurios rotineiros, que se recusam a aceitar que a vida seja apenas isso. São sombras que páram, que sentem. Talvez a culpa seja minha que nunca os cheguei a pintar e dar-lhes qualquer cor mas custa-me respirar esse ar tão inalado. E por minha causa continuam a carregar o peso de tristezas que não sentem porque sentir já não faz parte deles. Fragmentações em pó porque são vultos que seguem e não páram.Imagem: Edvard Munch- Evening on Karl Johan, 1892
--Maria Simplesmente Maria--
14:03
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E depois veio o silêncio. || sexta-feira, julho 13, 2007
Guardado numa caixa velha está o meu coração. Nessa caixa fui pintando os meus sonhos a cor-de-rosa juntando aos poucos um lindo azul celeste. A caixa no começo era muito bonita e colorida, com o tempo foi ganhando pó por estar esquecida, no quarto branco de vazio. Um dia abri o quarto, outrora encerrado aos olhares curiosos, para que pudessem entrar e encontrar a caixinha pousada em cima de uma mesa redonda no centro do quarto de luz média e cheiro a mofo. Vários olhares quiseram vê-la, entravam no quarto, respiravam o ar escuro e olhavam para ela. Apreciavam o seu formato, a sua cor, sentiam o seu aroma, voltavam a colocar a caixinha na mesa e saíam do quarto sem nunca a terem aberto. Todos os dias novos vultos passeavam pelo quarto onde estava a pequena caixa e nenhum se interessava em ver o que ela continha, apenas repetiam os olhares tediosos sobre a forma da caixa, as suas cores e espessura. Fechado, o pequeno coração gritava para que alguém o abrisse e descobrisse o que tanto queria mostrar. Dentro dele estão pequenas cartas que escrevo sem serem lidas. Linhas cheias de palavras em espaço vazio. Ninguém as lê, ninguém as sente nem as percebe. Apenas são frases cheias de palavras abandonadas porque ninguém as quer. Alguém percebe? Risadas, arrogância, Maria.
--Maria Simplesmente Maria--
23:16
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As 7 Maravilhas de Maria || quinta-feira, julho 12, 2007
Respondendo ao desafio da Sarita irei apresentar as 7 Maravilhas do meu Mundo. 1ª Maravilha Pessoas que amo, que gosto, que fazem de mim alguém melhor, que me compreendem (quase nunca) e gostam de mim acompanhada com os meus defeitos e virtudes. 2ª Maravilha O meu cão!!!!!! 3ª Maravilha Música, Música e muita Música!!! 4ª Maravilha Fernando Pessoa 5ª Maravilha Donnie Darko e a sua esquizofrenia. 6ª Maravilha Simplesmente Maria e ter o privilégio de ser amiga do meu outro escritor favorito, o Chino (ver Choveu Cá Dentro na parte dos links) 7ª Maravilha Anões, Império Strüderiano e gajos morenos de 1,90m Ora bem agora os próximos a descrever as suas 7 Maravilhas vão ser: -Jorge -Alexandra -Maria Ostra -Peste -Chino -Maria (homónima) -Astuto
--Maria Simplesmente Maria--
23:06
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"Poema" de rua guardado em rascunho || segunda-feira, julho 09, 2007
Sentada no meu carro esperando por alguém sinto no rosto a brisa fresca do vento que sem pedir entra pela janela que deixei aberta. Neste momento nada pode deter o meu sorriso envolvido pelo toque suave da brisa que me beija a face. Em frente está a vida, vida que não consigo alcançar mesmo esticando todo o meu corpo para lhe tocar. São as folhas verdes lá no alto que dançam ao sabor do vento que me envolve em sensações efémeras. A vida balança mesmo ali tão suave e serena e ninguém repara nela. Os mortos que passam vão em passo apressado e de expressão pesada nem se apercebem que ali está a vida a saudá-los. Pensar na relatividade das coisas deixa de fazer sentido se não as entendermos. São naquelas árvores que se movem com o vento que está a simplicidade de sentimentos que não conseguimos adquirir, aqueles ramos que se deixam tocar e se enamoram do vento. Só queria poder sentir o suave toque da vida nas pontas dos meus dedos mas sou pequena demais para a alcançar na sua imensidão, por isso fecho os olhos e sonho este mundo. Neste dia não fui mais uma passageira da vida, olhei-te vida e soube que existias. Oiço a porta do carro a abrir-se. Oh! Chegaste. Que pena.
--Maria Simplesmente Maria--
19:56
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Configurações || quinta-feira, julho 05, 2007
Na noite negra o amor chega gélido ao quarto vazio de calor humano. Bate nos vidros duros para tentar entrar. Desiste. Amor que não é perfeito mas é eterno. Porque dói ele sendo o amor perfeito? Porque é o verdadeiro. O Amor odeia mas por amar demais. Mergulha em ti para que o sufoques. Morre em ti porque o desejas. Porque vive tan to em ti que tens medo de o sentir. Não respiro se te sinto. Passas horas na minha cabeça e vives dias dentro de mim já te disse tanta vez! Pequenos momentos que te dediquei tão meus para ti e que não serão para mais ninguém. Esgotaram-se as palavras que agora estão gastas, que te cansam e nem as lês. Sou pequenina e preciso do teu colo. Pois, já não dás. O entusiasmo do teu sorriso quebrou. Racionalidade em partículas que alimentam a subtileza das sensações inúteis. Cansada. Deixo o meu corpo esgotado levar-me até onde te sonho. Fecho os olhos e sinto a brisa que passa. Será o Amor que conseguiu finalmente trespassar os vidros duros? O meu mundo é melhor que o vosso, porém, vivo no vosso e não o consigo viver. Fragmentações mentais de uma pequena jovem em delírio. Adeus e até outro dia. Quero agradecer à Sarita do Âmago da Alma por me ter atribuído o prémio "Blogue com Grelos" O Prémio "Blogue com grelos" premeia mulheres que, na sua escrita, para além de mostrarem uma preocupação pelo mundo à sua volta, ainda conseguem dar um pouco de si, dos seus sentires e com isso tornar mais leve a vida dos outros. Mulheres, mães, profissionais que espalham a palavra de uma forma emotiva e cativante. Que nos falam da guerra mas também do amor. A escrita no feminino, em toda a net lusófona tem que ser distinguida. Fiquei muito comovida e confesso que até soltei umas lágrimas de emoção. Quero dedicar este prémio ao senhor que possibilitou o meu sucesso bloguístico. O Sô Major Valentim Loureiro (Aplausos) Agora o momento alto da noite! E os vencedores do prémio Blogue com Grelos Strüderianos vai para... (rufos)-Maria vai com as Ostras -Pestinha -Mariazinha (homónima de Lisboa)-Alexandra (e também recebe uma caixa de leite condensado) -Jorge Piston (LOL)-E em especial para a minha querida Nan que tanta falta me faz
--Maria Simplesmente Maria--
04:33
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Kanimambôôôôôô || quarta-feira, julho 04, 2007
Em primeiro lugar tenho que me desculpar pela ausência. Não, não fui raptada por satânicos que aproveitaram o sbsr para se vingarem de mim apenas estava sem tempito para postar e para visitar blogs. O concerto de Metallica foi brutalíssimo e pessoalmente para mim muito emotivo. Agora é esperar que os rumores de que Queens of the Stone Age vêm cá este Verão sejam verdade =) Andava eu pelo YouTube a vasculhar cenas antigas quando me deparo com algo que me trouxe as saudades ao peito. Quem não se lembra do Bruno Nogueira e do seu Kanimambo? Ver e especialmente ouvir a música sff. Eu própria choro sem parar durante 2h17m sempre que a ouço... Saudades do Nogueira no CC!!
--Maria Simplesmente Maria--
02:27
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