Simplesmente Maria

Memórias || segunda-feira, janeiro 15, 2007

Nasci.
Cresci e brinquei muito com Barbies, gostava delas, brincava horas e horas e inventava as roupas mais loucas e as situações mais estranhas com elas.
Tinha a mania de fazer sopa com àgua e erva que apanhava no jardim.
Brincava com molas da roupa e era tudo tão divertido.
O meu irmão sempre presente na minha infância era o meu grande companheiro de brincadeiras, principalmente as mais violentas que deixavam a minha mãe possessa connosco.
Gostava quando os meus vizinhos vinham para minha casa e brincavamos ao "Macaquinho Chinês", às apanhadinhas.
Lembro-me quando o Jorge estava em minha casa tinha eu uns 6anos e estava no 1ºano e ele fazia imensas palhaçadas e fingia que era um cão que fazia xixi eu achava piada a isso e não conseguiamos fazer o Tpc juntos.
Em casa sempre fui muito ciumenta com o meu irmão apesar de o adorar.
Lembro-me de levar castanhas para a primária para o Magusto apesar de eu não as comer porque odeio castanhas.
Lembro-me quando bebia o leitinho que nos davam e eu adorava.
Uma vez assaltaram a minha escola e nem imaginam os filmes que os putos fizeram, inventando coisas que me deixaram muito assustada, tal como que tinha sido um gang que escreveu no quadro da sala de aula "DROGA" e que antes tinham passado de mota em casa de todos os meninos e tinham gritado na nossa porta a mesma palavra. (lol)
Passada esta fase de primária onde fui bem feliz em toda a minha inocência, passei para a preparatória onde a inocência se foi perdendo.
Asneiras, rapazes e discussões de amigas começaram.
Até à data nunca tinha proferido uma única asneira, no entanto cheguei à preparatória e por falta de personalidade começei a utilizar porque todos o faziam, como se isso fosse alguma marca de maturidade.
Na preparatória o meu interesse por rapazes começou e dei o meu primeiro beijo a sério quando andava no 6º ano a um rapaz mais velho lá da escola que foi o meu primeiro "namorado".
Sempre me dei mais com rapazes do que propriamente com as raparigas, muito culpa de andar sempre na sombra do meu irmão que é mais velho(não muito mais que eu).
Sempre idolatrei o meu irmão apesar da competição com ele.
Os meus pais separam-se.
O meu mundo acabou.
A incompatibilidade dos meus pais sempre nos foi escondida e naquele dia quando o meu pai veio conversar comigo e com o (Al)Fredo foi um terrivel golpe pois não estavamos nada à espera pois nunca tivemos um único vestígio que o casamento estaria a correr mal, nem discussões, nem mau humor, ou seja, o golpe ainda foi mais duro.
Nessa altura a minha relação com o meu irmão se fortificou ainda mais e os problemas com a minha ex-mãe jet começaram.
Só tive uma mãe a sério há poucos anos, onde ela deixou de ser a Sra Fútil cheia das manias para ser uma mãe normal.
Nem sei porque estou a contar isto!

(Um pedido de desculpas ao Chino que já deve tar farto de ouvir isto)

--Maria Simplesmente Maria-- 13:10

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28 Comentários

By Capitão Merda, at 15 janeiro, 2007 13:44

"Nem sei porque estou a contar isto!", dizes...
Só fazes bem em exorcizar tal "fantasma"...

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By Sara, at 15 janeiro, 2007 14:07

Se soubesse do que falas, se tivesse a mínima ideia do que é estar nessa situação até podia dar aquilo a que chamam conselhos.
A separação dos teus pais não é razão para o teu mundo acabar. É razão, sim, para o (re)construíres de uma forma muito mais forte. Com a certeza de que nada dura para sempre e que nos cabe a nós tornar os momentos muito mais especiais.
Beijinho

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By Maria Strüder, at 15 janeiro, 2007 14:10

A separação dos meus pais já está mais que ultrapassada, isto foi há séculos atrás.
Mas obrigado pelo desejo de ajuda que conta e muito na minha consideração pessoal.
**

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By Unknown, at 15 janeiro, 2007 15:10

droga?! looooooooool

o divorcio dos meus pais passou me um bocado ao lado. com 8 anos ainda era mt inocente e nc percebi pk e k eles discutiam..

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By Rui Silva, at 15 janeiro, 2007 15:19

Para um post destes, só mesmo uma música destas.
Obrigado Maria, gosto de ti, pá!

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By Maria Strüder, at 15 janeiro, 2007 16:21

Tiago:
Sim, o que os putos inventam!
Nem imaginas o medo que fiquei.
Tipo cheguei à escola e tava bué pessoal cá fora todos a coscuvilhar então quando cheguei ao pé dos meus amiguinhos e me contaram isso fiquei cheia de medo, como se não bastasse alguns putos diziam que os tinham visto nas motas e a gritar isso à porta de noite!

Rui:
Obrigado por tais palavras***

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By Rui Silva, at 15 janeiro, 2007 17:53

É assim que nascem os mitos urbanos!!!
Por acaso da vez que assaltaram a primária não fiquei com nenhum trauma de infância. Só fiquei sem aquele leitinho que eu adorava!

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By Abel, at 15 janeiro, 2007 17:58

Embora não diga nada, achei por bem comentar

(belo contra-senso)

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By El-Gee, at 15 janeiro, 2007 18:50

bom som. nao conhecia isto. o chino nao se farta da musica que compoe, provavelmente. e eu, estranhamente, tb n me farto de te ler.

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By Maria Strüder, at 15 janeiro, 2007 18:53

Lool estava a falar do Chino (Passenger) que sabe da minha vida de trás para a frente e atura-me!
Para já o Chino Moreno ainda não lê o meu blog lol quem sabe um dia :p
Eu hoje vou ficar babada com tantos miminhos!

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By Anónimo, at 15 janeiro, 2007 18:59

Falar as vezes ajuda. Estamos sempre aqui. O.K. Um abraço.

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By Maria Strüder, at 15 janeiro, 2007 19:03

Já começa a parecer aqueles centros de recuperação de "toxicodependência" só que no meu caso é "mimadódependência" lol.
Agradecida.

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By Unknown, at 15 janeiro, 2007 22:14

maria struder? mimada? naaaaa!

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By Maria Strüder, at 15 janeiro, 2007 22:41

lool parvito!

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By Letras de Babel, at 15 janeiro, 2007 22:49

Bonito.

(Pobres Barbies. Já não lhes bastava serem Barbies...)

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Quero escrever assim, um dia, sobre a minha infãncia e adolescência, como tu...

embora não tenha grande interesse porque não andava aos beijos nessa altura e não haviam assaltos na casa dos professores particulares onde andei até aos 15 anos porque o papá não deixava a menina ir de comboio para o liceu...e, para cúmulo, tinha era uma irmã mais nova...

(fui em busca do tempo perdido, mais tarde...ó, ó...)

:)

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By Anónimo, at 16 janeiro, 2007 02:38

N passei pela separação dos meus pais,mas perdi mt cedo a minha mãe,e até hj sinto imenso a falta dela.
Beijitos.

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By o alquimista, at 16 janeiro, 2007 11:04

...E li-te com o maior carinho...contar o que sentimos também pode ser um bom processo de exorcisar algumas coisas que ocupam um grande espaço dentro de nós deixando pouco para voltarmos a ver as cores da viva...

Doce beijo

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By Anónimo, at 16 janeiro, 2007 11:31

"Exorcisar", diz "o alquimista"...
As minhas ricas canelas...

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By Micas, at 16 janeiro, 2007 16:32

Estás a contar porque necessitas, e só te faz bem afastar os fantasmas...
Gostei de conhecer este espaço e quase temos um nome parecido, és maria strüdel, eu sou maria streibhardt ;) nem são assim tão diferentes :)
Boa semana

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By Maria Strüder, at 16 janeiro, 2007 16:41

Lool já me disseram que sou docinha mas ainda não cheguei a "strüdel", sou StrüdeR.
As tantas somos uma espécie de primas afastadas lol obrigado pela partilha**

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By Unknown, at 16 janeiro, 2007 21:11

strudel. loooooooooool

you make me laugh...

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By Anónimo, at 16 janeiro, 2007 22:02

Tens ALMA MARIA SRUDER

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By Maria Strüder, at 16 janeiro, 2007 22:27

Ninguém atina com o meu nome é S+T+R+Ü+D+E+R= STRÜDER
Gracias Super Peido.

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By Maria Ostra, at 16 janeiro, 2007 23:34

Se soubesses o que eu fazia às bonecas!... ;) Autênticas pinturas de guerra!...E uns belos penteados, eheheh... :D