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O poema lembra-me alguém || terça-feira, dezembro 12, 2006

Tenho tanto sentimento
Que é frequente persuadir-me
De que sou sentimental,
Mas reconheço, ao medir-me,
Que tudo isso é pensamento,
Que não senti afinal.

Temos, todos que vivemos,
Uma vida que é vivida
E outra vida que é pensada,
E a única vida que temos
É essa que é dividida
Entre a verdadeira e a errada.

Qual porém é a verdadeira
E qual errada, ninguém
Nos saberá explicar;
E vivemos de maneira
Que a vida que a gente tem
É a que tem que pensar.

Fernando Pessoa

--Maria Simplesmente Maria-- 18:03
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7 Comentários

By Blogger Pedro Duarte, at 13 dezembro, 2006 00:54  

É incrível como ninguém comenta Fernando Pessoa. Nem mesmo eu.

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By Blogger Pedro Duarte, at 13 dezembro, 2006 01:01  

E curiosamente, dp dum comentários tão estúpido como o meu, vejo este poema como um espelho duma faceta minha.

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By Blogger o monstro, at 13 dezembro, 2006 02:37  

É também incrivel como as pessoas têm tendencia em querer identificar-se com os poemas bonitos que o pessoa escreve..

Curiosamente nunca ninguém pegou numa musica do José Malhoa, e disse suspirando... "Isto é a minha vida"

quer dizer.. se calhar estou enganado.. e o José Malhoa é m visionário

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By Blogger Maria Strüder, at 13 dezembro, 2006 02:40  

Não compares o incomparável!
E não me identifico com o poema.

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By Blogger Maria Ostra, at 13 dezembro, 2006 09:57  

Há que ir tentando....
(very sentimental ;) )
Bjoca

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By Blogger Pedro Duarte, at 14 dezembro, 2006 00:29  

Pois eu identifico-me e muito, qual é o problema ?

E não gosto da música de José Malhoa. É crime ?

Para mim, mesmo q escrevesse o maior poema do mundo (que duvido) aposto que a música dele estragaria tudo.

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By Blogger o monstro, at 14 dezembro, 2006 02:59  

tenho pena.

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